sexta-feira, 24 de julho de 2009

Envelhecimento Precoce...

Quando falamos em envelhecimento, logo vêm a mente o sentido físico da palavra, as rugas, dores nas costas, peitos e bundas caídas...porém, não é bem do envelhecimento físico que estou falando, mas de como tão jovem as vezes me vejo tão velha.
Bom, tenho 22 anos, recém-formada, apesar de desempregada sou uma ótima profissional, inteligente, solteira, com muitos amigos verdadeiros (apesar de meio distante deles no momento), isso seria um prato cheio para não ter sextas como essa chuvosa em casa na frente do computador, em outra época com certeza estaria "na gandaia" como de costume.
A maioria dos colegas que me perguntam hoje em dia da minha "vida social", quando falo que estou "tranquila" tomam um susto.."Nossa Mari, você mudou,hein?! O que aconteceu?" Normalmente a resposta é a mesma, "Ahhhh, cansei!".
Muitas vezes me pego pensando, por que isso aconteceu tão rápido? E a resposta não é um bicho de 7 cabeças não, cada dia os adolescentes começam a vida noturna mais cedo, a primeira balada, o primeiro beijo, o primeiro porre e muitas outras primeiras coisas, fazemos muito mais cedo do que os pais podem imaginar...levando em conta que eu por exemplo, comecei a sair com 16 anos, hoje eu tenho 22, logo são quase 8 anos de uma vida noturna bem agitada, sair a semana toda, beber todos os dias, trabalhar de ressaca e assumir a posição de que ninguém é de ninguém, mas todo mundo é de todo mundo. Olha depois de tantos anos, afirmo:realmente cansa e eu cansei. Defino meu cansaço entre outras coisas como velhice e vocês vão ver porque abaixo:
Não aguento mais ir para balada, aquele monte de gente esbarrando em você, empurra-empurra, filas gigantescas para entrar, pagar uma fortuna para dar um sorriso dentro do lugar, aguentar aqueles chatos com bafo de cachaça falando merda no pé do ouvido, aquelas minas siliconadas disfilando achando que são melhores que os outros, fora os banhos de bebida que quem sai comigo sabe que eu sou SEMPRE a premiada, gente só de imaginar a minha pessoa nesse cenário novamente começo a sentir calafrios. NA BOA, ESTOU VELHA MESMO!
Isso não é de hoje não...faz tempo que não vou para a balada por livre e espontânea vontade, as últimas vezes que dei o ar da minha graça foi sempre no aniversário de algum amigo (a) bem importante para mim e sempre da mesma forma, a última a chegar e a primeira a ir embora, durante esse tempo sempre acompanhada de um amigo muito querido que tem a mesma e péssima mania que eu, ficar reparando nas aberrações do lugar e rindo horrores.
Na atualidade o que me atrai é sentar, tomar uma cervejinha com os chegados, ouvir boa música e só. Nada de tumultos, ou pessoas uma querendo aparecer mais que a outra, sair com decotes ou shorts curtíssimos , ficar sorrindo o tempo inteiro, fingindo ser a mulher mais legal da balada para ver se um daqueles caras "bombados" , lindos e sem cérebro chegam em mim... Cenário típico da noite e confesso já fiz muito isso, não me arrependo, pois pode ser que eu tenha uma recaída daqui um tempo, mas por hora cansei, como disse a pouco ,envelheci.
É muito mais fácil ser a Mari mesmo, não precisar colocar salto alto (apesar de adorar) para sentar em um boteco, ou colocar KG de maquiagem, escova no cabelo e todos aqueles preparativos que todas as mulheres fazem e pior ouvir um som que você odeia a noite inteira só para contar no dia seguinte que você foi na balada mais cara e agitada de SP.Chega de esteriótipos, pessoas sem expressão, personalidade e sem conteúdo, não tenho mais R$$ nem paciência para essas coisas.
Sou solteira e tenho plena conciência que frenquentando os mesmos lugares, sempre com as mesmas pessoas, encontrar alguém é praticamente impossível, porém quem me conhece sabe que eu nunca gostei muito dos intitulados "caras de balada", aqueles que beija-se primeiro e pergunta o nome depois, que você apesar de saber que nunca mais vai vê-lo ainda se dá ao trabalho de passar o telefone, por essa razão não me incomodo de ficar em casa, pois nessa minha fase ranzinza de ser quero um velhinho assim como eu!

sábado, 11 de julho de 2009

Dinheiro traz felicidade??



Durante toda a minha londa vida (com 22 anos) essa pergunta soa como um grito aos meus ouvidos, sou uma pessoa que não gosta de viver na dúvida, muitas vezes até quebro a cara por causa disso.
Dizem que dinheiro não traz felicidade, mas normalmente quem diz isso são pessoas ricas...engraçado,né?! As pessoas ricas dizem que dinheiro não traz felicidade e os pobres vivem sonhando em ser ricos para serem felizes...
Eu sou prova viva disso...sempre tive mania de planejar, mas depois que o desemprego bateu em minha porta e com mais tempo vago para pensar merda vivo fazendo planos para o prêmio da MegaSena, o que eu ia comprar, quem eu ia ajudar, como seria minha vida após esse fato praticamente impossível ou simplesmente impossível, pois apesar de fazer planos eu nunca jogo!Pelo que pretendo fazer se fosse a mais nova milhonária "do pedaço" seria feliz demais..risos. Ficaria gostosa (não que não vá conseguir sendo pobre, mas uma "lipozinha" seria de grande ajuda), compraria o lugar que mais gosto (para trabalhar), dava um empurrão pra minha irmã casar, mandava minha mãe pro Acre (hahaha...brincadeira), ajudaria alguns amigos mais chegados e seria aparentemente feliz pra sempre, porém não posso desprezar as centenas de autores e músicos que declamam e cantam que é impossível viver sem um grande amor, imagina a cena eu aos 40 anos solitária e cheia da grana...com a tecnologia é possível ter filhos por produção independente ou simplesmente deixar minha fortuna com o Bob (hahaha..com certeza ele vai torrar tudo em baldes, bolinhas e biscoitos "Scooby").
Depois de toda essa análise a real é que o ser humano nunca está satisfeito com o que tem, pois se tem dinheiro gasta tudo em merda, fianças para sair da cadeia, morre em acidentes de carro voltando bebado da balada ou em quedas de avião conhecendo o mundo (que trágico) , se é pobre passa a vida inteira reclamando que é pobre e não faz nada para mudar isso, se consegue mudar reclama que não tem amor, se tem amor reclama que não consegue sair com os amigos, se tem amigos reclama que é pobre e não consegue estar em todos os lugares....enfim isso é um ciclo vicioso jamais estaremos satisfeitos e consequentemente não estaremos 100% felizes, poderia até citar Maslow que foi o pioneiro nessa teoria das necessidades.
Levando em conta toda essa abobrinha que citei acima, concluo dizendo que dinheiro pode até não trazer a felicidade, mas consegue ajudar bastante, na verdade você tem que saber dosar tudo, pois como uma propaganda do Citibank espalhada em outdoors (acho que faz um tempo, pois a lei cidade limpa não permite mais esse tipo de propaganda) "Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos".

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Existe vida após a .....faculdade?!



Ficamos 4 anos reclamando de ter que ir para a faculdade e agora não faz nem uma semana que estamos realmente de "férias definitivas" e já estou com saudades! É estranho como a sensação de perda assusta o ser humano, pois ficamos quase um ano correndo, mudamos de faculdade, começou a maratona TCC a gente mal se encontrava, quando se encontrava brigava, agora estamos buscando maneiras de reunir todo mundo !rs
Por incrível que pareça acabou de verdade nossas noites estão livres, podemos começar a colocar em prática (ou não) todas aquelas aspirações que durante tanto tempo ficaram de lado seja por falta de R$ ou de tempo, na verdade, não importava o motivo pelo qual deixamos de fazer alguma coisa....a culpa era SEMPRE A FACULDADE! Foram 4 suados anos em que fomos "discriminados" pelo nosso hábito e vontade incontrolável de tomar aquela cervejinha, jogar conversa fora que logo no começo era contabilidade, rateio, custos, desce uma saideira, política, filosofia, desce outra, cada um conta sua história...na outra noite era a mesma coisa...mais saideiras, mais baladinhas juntos e passamos cada um contar não sua história, mas uma versão dela, pois estávamos construindo nossas histórias juntos...
Quanto ao aprendizado...pode-se dizer que uns aprenderam mais, outros menos o certo é que não aprendemos TUDO, mas fizemos o possível para que o aprendizado fosse igual para todos, sábados e sábados de estudo um ajudando o outro, depois das 11h regados a cerveja e sempre com o mesmo final....churrasco e como consequência mais histórias!rsrsrs
Hoje nos conhecemos de ponta a ponta, do começo ao final, conhecemos nossas famílias, nossos amigos de fora da faculdade já são amigos dos nossos amigos, conhecemos esposas, maridos, filhos, irmãos....
Enfim....4 anos de muitas risadas...muitas lágrimas, muita alegria...muita tristeza, muitas brigas...muitas reconciliações, muitas lições...principalmente lições de vida, muito crescimento...profissional e pessoal, muitas quebras de paradigmas...começando pelos nossos e o mais importante MUITA AMIZADE!
Não posso deixar de agradecer a todos que fizeram parte desta história....que me ajudaram a ser o que sou hoje como mulher, profissional e cidadã... família, galera, professores....
Neste momento podemos que dizer com o peito cheio...ESTAMOS FORMADOS e com muito estilo, mas e depois disso??? Como vai ser nossa vida, não ter que pegar o ônibus lotado, trânsito para assistir aulas massantes?? Ou simplesmente tomar uma gelada com a galera enquanto um da turma reclama do chefe ou fala de futebol....estou assustada com essa nova realidade! Antes era meia entrada no cinema, teatro, estádio e agora? Sou formada! Não posso mais justificar minhas maluquices como "ahhh...é coisa de universitário"...
Que existe vida após a faculdade isso é fato, mas como serão nossas vidas à partir de agora??